Em uma recente entrevista ao podcast Equity, David Vélez, co-fundador e CEO do Nubank, o banco digital sediado em São Paulo, compartilhou valiosos insights sobre o mercado de fintechs na América Latina.
A conversa abordou temas como a lucratividade do Nubank em um ambiente macroeconômico desafiador, as diferenças entre o mercado latino-americano e o dos Estados Unidos, e a visão de David sobre o futuro dos bancos digitais.
O case Nubank
Fundado em 2013 por David Vélez, o Nubank oferece cartões de crédito, contas correntes e seguros aos consumidores, e atualmente possui um valor de mercado de US$ 35 bilhões.
Vélez destacou que a estratégia do Nubank desde o início foi desafiar o oligopólio bancário existente na América Latina, oferecendo maior concorrência e melhores serviços aos consumidores.
A empresa adotou um modelo de negócios totalmente digital, aproveitando a eficiência operacional e eliminando taxas para os clientes.
O foco no atendimento ao cliente e na cultura de obsessão pelo cliente tem sido fundamental para o sucesso do Nubank.
Desafios macroeconômicos
Mesmo em um ambiente macroeconômico desafiador, o Nubank conseguiu alcançar lucratividade e crescimento significativos.
Vélez ressaltou a importância da paciência e disciplina na construção de um negócio de crédito sustentável.
A empresa enfrentou diversos obstáculos ao longo dos anos, incluindo recessões econômicas, inflação alta e instabilidade política, mas soube se adaptar e prosperar.
Com quase 80 milhões de clientes, o Nubank se tornou a quinta maior instituição financeira do Brasil, atendendo a cerca de 46% da população adulta do país.
Além disso, a empresa busca ir além de ser apenas uma carteira digital, buscando se tornar a principal instituição financeira dos clientes, oferecendo uma ampla gama de serviços bancários.
O diferencial do Pix
Um dos pontos destacados por Vélez foi o lançamento do sistema de pagamentos Pix no Brasil, que impulsionou ainda mais o crescimento do Nubank.
O Pix se tornou o meio de pagamentos mais usado no país, e a empresa está focada em se tornar o líder nesse mercado.
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O futuro dos bancos digitais
Olhando para o futuro, Vélez acredita que o setor de bancos digitais ainda está em seus estágios iniciais de maturidade.
Ele acredita que as fintechs serão os principais provedores de serviços financeiros nos próximos 10 a 20 anos, especialmente em mercados emergentes como a América Latina, onde há uma demanda significativa por inovação e inclusão financeira.
Com base em sua experiência, o Nubank planeja continuar expandindo sua participação de mercado e melhorando a oferta de serviços em áreas como empréstimos pessoais, seguros, investimentos e empréstimos para pequenas empresas.
A empresa adota uma abordagem paciente e cuidadosa ao conceder crédito a clientes de baixa renda (e sabemos bem disso), permitindo que eles construam histórico de crédito ao longo do tempo.
O Equity é um podcast do site americano TechCrunch, especializado na cobertura de startups no mundo. A entrevista foi toda em inglês e pode ser escutada neste link.