Talvez você já tenha percebido que, nos últimos meses, algumas agências físicas do banco Itaú acabaram fechando, de uma hora para outra.
Mas se você pensou que isto é um sinal de que ele está mal das pernas, errou feio: esta semana o resultado fiscal do segundo trimestre foi excelente, com um lucro de R$ 7,034 bilhões. E olha que isso é lucro líquido, livre de imposto de renda…
A razão das agências estarem fechando é outra, completamente diferente: mudança no mercado. Com os hábitos dos clientes mudando e a crescente vontade de resolver tudo pelo celular, os custos de manter edifícios e funcionários de agência é enorme e sem sentido.
Em uma teleconferência com jornalistas na manhã desta terça-feira (30), o presidente do Itaú, Candido Bracher, informou que 212 agências foram fechadas ou remanejadas no último trimestre. E a tendência é fechar ainda mais até o final do ano.
Bracher admitiu que o fluxo de clientes nas agências físicas tem diminuído conforme cresce a oferta de serviços digitais. Porém, evitou citar como causa as novas fintechs que vêm crescendo no mercado e ganhando cade vez mais a simpatia dos usuários, como Nubank e Banco Inter.
Para diminuir os custos do pessoal que deixará de ter um local físico para trabalhar, o banco lançou um programa de desligamento voluntário (PDV), que vai até dia 31 de agosto de 2019. Estima-se que cerca de 6.900 funcionários optem por esta alternativa.
Estamos vivendo uma era de transformação de como lidamos com o dinheiro, com diversos serviços digitais surgindo no mercado. Se os grandes bancões não se derem conta do perigo que estão correndo e se acomodarem nos enormes lucros que ainda ganham trimestre após trimestre, o tombo, cedo ou tarde, será bem grande.
via: Estadão Economia